somos jovens e o sinal está fechado pra nós
ainda assim o sol nasce e se põe insistentemente
pelas frestas dos viadutos
todo dia o sol levanta
brilhando mais uma vez
para nós que somos jovens
também para as crianças
e para os velhos e os meninos e as meninas
cadelas levantam atentas
aos bichos e aos humanos dançarinos da rotina
latem para tudo que é estranho
respeitando este ritmo lento e constante
o amanhã virá
repetindo mais uma vez um baile lento
dia após dia, para que nas noites
possamos sonhar
poesia escrita na oficina de Gabriela Perigo na Escola da Palavra
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